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Rio de Janeiro / Esporte

Por Rico Chermont

 O jargão criado por Galvão Bueno nas transmissões de Fórmula 1 e que dá nome ao título deste meu primeiro artigo, foi criado em 1987, quando Ayrton Senna se tornou o primeiro brasileiro a vencer o GP de Mônaco, com sua Lotus amarela.

Lembrar disso me inspirou a escrever esse texto, por um motivo especial. No último dia 1º de maio, completaram 27 anos que Senna nos deixou, em um trágico acidente em um fatídico final de semana. Senna é, até hoje, um dos maiores símbolos nacionais e pra mim, o maior entre todos os brasileiros.

Isso me fez rever a volta final daquele GP de Mônaco e me questionar sobre os ídolos atuais. Será que ainda os temos?

 

Foto: divulgação

Ayrton Senna e a lendária Lotus amarela: as manhãs dos domingos nunca mais foram as mesmas

Em 1987, eu tinha apenas três anos, mas Senna me ensinou muito nos anos que se seguiram. Todo mundo tem que ter um ídolo, mesmo que Ayrton dissesse que não tinha os seus. Senna era o ídolo do meu pai e, claro, o meu. Eu tinha uma referência. O mundo precisa de mais referências. Eu preciso de mais ídolos. Você também precisa.

Uma outra coisa que Ayrton me ensinou foi ter amor pelo que se faz. É verdade que eu tinha apenas dez anos quando ele sofreu o acidente, mas me lembro de ter feito parte da minha infância acompanhar toda a sua trajetória e, principalmente, acordar cedo aos domingos para assistir o show que ele dava nas pistas. E, mesmo com a minha pouca idade, consegui aprender que dedicação, empenho e vontade é o que define o seu sucesso.

 

Foto: divulgação

“Representar o Brasil, escutar o Hino Nacional e amar a nossa bandeira são ensinamentos que qualquer brasileiro deveria seguir”, diz Rico Chermont 

Aprendi também a amar o Brasil. Meu patriotismo é uma mistura do respeito ao Brasil do meu pai com o amor verde e amarelo do Ayrton. Representar o Brasil, escutar o Hino Nacional e amar a nossa bandeira são ensinamentos que qualquer brasileiro deveria seguir. 

Sinto saudades. E vejo que estamos carentes de ídolos. Por sorte, eu tenho o meu. Ele tem nome, sobrenome e uma nação inteira. 

 

Rico Chermont, gestor esportivo