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Foto: Prefeitura do Rio

Após três meses e meio em que a cidade do Rio registrou índices “alto” e “muito alto” de risco de contaminação por Covid-19 em todas as suas 33 Regiões Administrativas (RAs), o município voltou ao indicador “moderado”, o mais baixo na classificação usada pela prefeitura, em cinco diferentes áreas: Zona Portuária, Penha, Ilha do Governador, Santa Teresa e Vigário Geral. As demais 28 estão classificadas em risco “alto”.

O motivo principal dessa queda em pleno inverno, uma estação historicamente marcada pelo aumento de internações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG), é a vacinação. A ela o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, atribui a mudança na curva de óbitos por Covid-19 no município, que está em queda desde meados de abril e agora apresentou um declínio ainda mais acentuado. Mas ele ressalta: ainda não é hora de abrir mão das normas sanitárias de combate ao coronavírus.

De maio a junho, segundo o 26° boletim epidemiológico da cidade, os óbitos por Covid-19 tiveram uma queda de 44%. Há três semanas, nenhum paciente da rede pública de Saúde precisa aguardar por um leito por mais de 24 horas. Nos últimos sete dias, o número de pacientes internados em hospitais públicos e privados teve uma queda de 27,5% — no dia 27 de junho, o total era de 1002 pessoas; ontem, era de 726.

Outro efeito da vacinação é o declínio nos registros de internação na população mais idosa, contemplada nas fases iniciais da campanha. Em maio, pela primeira vez desde o início da pandemia, pessoas com 60 anos ou mais representaram menos da metade das internações por Covid-19 na cidade.

Se naquele mês essa faixa etária correspondia a 39,4% das pessoas internadas na rede municipal, em junho ela representou 36,2%. De um mês a outro, a maior queda foi entre pessoas de 60 a 69 anos, convocadas aos postos mais recentemente, em abril. Esse público representou 17,9% das internações na cidade em maio e 12,7% em junho.

Soranz aguarda um efeito ainda maior da vacina nas próximas semanas, em que serão contempladas todas as idades a partir de 40 anos — um público-chave da campanha, incluso na faixa etária que corresponde à maior parte das internações por Covid-19 na cidade atualmente, o de 40 a 59 anos.