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Rio de Janeiro / Educação

Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

O Ministério da Educação lançou nesta quarta-feira (14) o cronograma nacional para as ações de implementação do Novo Ensino Médio, que começa a partir do ano que vem e de forma gradual. Entre as mudanças previstas, estão a ampliação da carga horária, de 2,4 mil horas para 3 mil horas totais, e uma nova estrutura curricular.

A nova organização valerá para todas as escolas públicas e privadas do país e terá início em 2022 com o primeiro ano do ensino médio, sendo implantada de maneira progressiva. Em 2023, deverá ser aplicada no segundo ano. A expectativa é alcançar as três séries do ensino médio em 2024.

O ensino médio passará a ser estruturado em dois grandes blocos:

Currículo geral básico: que tem como referência a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e define competências e habilidades para quatro áreas do conhecimento (Linguagens e suas tecnologias, Matemática e suas tecnologias, Ciências da Natureza e suas tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas)

Itinerários formativos: que oferecem a possibilidade de o estudante se aprofundar em uma ou mais áreas de conhecimento e/ou na formação técnica e profissional.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), usado no processo seletivo para o ingresso em diversas universidades, também será atualizado. A aplicação conforme as diretrizes será em 2024.

Cronograma

O cronograma apresentado pelo MEC prevê a instituição de:

*Calendários para ampliação da carga horária para 1.000 horas anuais nas unidades escolares de ensino médio;

*Prazos para a implementação dos novos currículos, alinhados à BNCC e aos itinerários formativos;

*Cronogramas referente aos materiais e recursos didáticos, via Programa Nacional do Livro Didático (PNLD);

*Atualizações das matrizes do Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI);

*Atualizações do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB);

*Atualização do novo Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).

A lei que estabelece a reforma do ensino médio foi sancionada em 2017, no governo Michel Temer, mas até agora o Ministério da Educação não tinha definido um cronograma de implementação. Uma portaria com essa programação foi publicada na edição desta quarta do “Diário Oficial da União”.

Segundo o ministro da educação, Milton Ribeiro, o governo federal investiu mais de R$ 70 milhões nas Secretarias de Educação para a readequação dos seus referenciais curriculares e para a formação de profissionais de educação.