A Prefeitura do Rio reabriu, nesta sexta-feira (5/11), o Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, na região central do Rio. No Dia Nacional da Cultura, o prefeito Eduardo Paes e o secretário de Cultura, Marcus Faustini, estiveram presentes e inauguraram duas obras inéditas criadas pelo artista (1937-1980), mas nunca executadas até então. O espaço de arte estava fechado desde o início da pandemia e voltará a receber público de segunda a sábado, das 10h às 18h.
“Que honra e alegria estar aqui. Todo fazedor de cultura é herói neste país. O compromisso dessa administração é apostar muito na cultura, na arte. A reabertura do Centro Hélio Oiticica tem um simbolismo, um centro cultural importante, de uma pessoa de renome”, afirmou o prefeito do Rio, manifestando o desejo de instalar a maquete “Cães de Caça” de forma definitiva, no Parque do Flamengo.
O estilo de arte de Hélio Oiticica nas duas novas obras faz os visitantes terem experiências sensoriais com as instalações. As obras serão expostas abertas a intervenções artísticas das mais diversas áreas, de shows musicais a espetáculos de dança.
“ O que seria da cidade sem a arte? A arte nas cidades faz as pessoas circularem, gera interesse em se deslocarem por territórios diferentes. A arte promove integração entre universos diferentes dentro de uma cidade. A obra de Hélio Oiticica, além de referência artística na história do Brasil, é necessária para os tempos de retomada da cultura por ser um convite à interação”, disse o secretário municipal de Cultura.
Parceria da prefeitura com a família Oiticica


O prefeito Eduardo Paes, durante a reabertura do espaço (Foto : Alexandre Macieira/Prefeitura do Rio)
A reabertura do Centro de Arte, fundado em 1996, é um dos frutos da parceria entre a Secretaria Municipal de Cultura e César Oiticica Filho – sobrinho de Hélio, diretor artístico do espaço e gestor do seu legado.
“ Agradeço ao prefeito pela oportunidade de trazer de volta a obra do Hélio para o Centro do Rio. É muito bom quando temos pessoas para dialogar e que entendem a importância da cultura, principalmente nesse momento de revitalização e retomada da cidade”, ressaltou César, à frente do instituto “Projeto Hélio Oiticica”, responsável por conservar e divulgar o acervo, mantido na casa onde morou o artista no Jardim Botânico.
Obras inéditas
Uma delas é o PN10, criado em 1971 para uma bolsa artística na Fundação Guggenheim, e que havia sido pensado para ser instalado no Central Park. O projeto em questão faz parte da série “Subterranean Tropicalia Projects” e, agora, 50 anos depois, será instalada na Rua Imperatriz Leopoldinense, a céu aberto. O PN10 é composto de estrutura metálica, madeira, vinil, lonas e telas de nylon. Os retângulos do projeto são lonas laranja para filtrar a luz que vai refletir no espaço interno vazio dentro da obra.
Foto: Reprodução