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Edição da Semana

O Dia Internacional da Mulher é comemorado em 8 de março. Mas a luta delas é diária, principalmente no âmbito profissional, ainda mais para aquelas que escolheram trabalhar em uma área dominada, em sua maioria, por homens. A atriz Marieta Severo é um exemplo dessas pioneiras, que ocuparam seu espaço onde o domínio era masculino e, além de brilhar em seu ofício, com muita representatividade, ainda ativam sua veia empreendedora.
O caminho da atriz, que dá show de interpretação na pele da Noca de “Um Lugar ao Sol” veio de longe. Menina, sonhava em ser bailarina. Estudou balé por anos, mas as artes a capturariam de outra forma. Ela se encantou com os palcos ao conhecer o conceituado Teatro Tablado, no Rio, e ali traçou seu destino, que a levaria a ser uma das atrizes mais respeitadas e premiadas do pais.
”Eu era a contadora de histórias oficial da escola. Quando faltava uma professora em outra turma, falavam: ‘Chama a Marietinha para contar história!’ O que eu fazia naquela época tem a ver com o que faço hoje: contar histórias”, declarou.
Mas houve tempos difíceis. Nos chamados anos de chumbo, ela acompanhou o marido, o cantor e compositor Chico Buarque, no lançamento de um álbum em Roma. Grávida da filha Sílvia, Marieta recebeu notícias de como andava a situação no Brasil e foi aconselhada a não retornar. Passou dois anos neste “autoexílio” na Itália. Voltou ao país no final de 1970 e retomou a carreira de atriz, participando da novela “E Nós, Aonde Vamos?”, na TV Tupi. Depois desse trabalho, afastou-se da televisão para se dedicar às três filhas, e também aos projetos de teatro e cinema.