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No comando do celebrado Mirror Fashion Day, a empresária  Sabrinna Zanini fala de sua trajetória e como criou um dos eventos mais glamourosos do Rio de Janeiro

Por Claudia Mastrange

Um dia de luxo, moda, homenagens e muita alegria. A empresária Sabrinna Zanini não poderia comemorar de melhor forma seu aniversário de 38 anos: comandando, em 12 de abril, no tradicional Copacabana Palace, o Mirror Fashion Day, tradicional evento de moda que ela realiza desde 2015, e que esse ano tem como tema ‘Carnaval’.  “O Rio está sedento da alegria das grandes festas e do Carnaval. O tema é perfeito e o encerramento do evento terá a bateria de escola de samba Grande Rio”, conta Sabrinna.

Parte integrante do calendário da cidade, o evento tem um glamour todo especial e começa com as homenagens “Melhores do Ano”, premiando diferentes profissões. Entre os 40 homenageados estão a atriz Leona Cavalli; o palestrante motivacional Rick Chester; o empresário de atores Marcus Montenegro; o cirurgião plástico Dr. Marcelo Daher;  a bailarina Ana Botafogo; Leleco Barbosa, filho do saudoso Chacrinha, entre outras pessoas influentes no Brasil.

A cerimônia tem o formato do ‘Oscar’ e logo após começam os desfiles de moda com shows. A festa continua, com coquetel assinado pelo chef do Copacabana Palace,  show do ator e cantor Fábio Keldani e banda, DJ, além da corte do Carnaval e a bateria da Grande Rio, fechando o evento no maior alto astral.

Nesta entrevista exclusiva à Mais Rio de Janeiro, Sabrinna , que além de empresária é atriz, cantora e jornalista e apresenta o programa “Moda.Com”,  fala de sua trajetória,  sua paixão pelo universo da moda e de como fez do Mirror Fashion Day um dos eventos mais festejados do Rio de Janeiro.

Você iniciou com uma formação e atuação voltada para as artes, como cantora e atriz  Era sua paixão inicial? Conte um pouco de sua trajetória.

Aos 14 anos participei de um concurso e comecei a cantar em uma banda. Aos 16 anos,  fiz uma participação na minissérie “Quinto dos infernos”, também atuei em “Malhação”, aos 17 anos, e fiz algumas participações na TV, como aos 19 anos, na novela “Esperança”.

E quando se encantou pelo universo da moda?

Eu sempre amei moda. A moda para mim, sempre existiu. Desde criancinha eu era apaixonada por moda. Vestia as roupas da minha mãe .. Lembro com cinco anos, quando se fazia até vestido de lençol. Acredita? Eu arrancava o lençol da cama e  fazia de vestido. Achei engraçado. Calçava o sapato da minha mãe e saía maquiada para o colégio. A minha mãe brigava comigo porque eu estava maquiada, e  isso com sete anos. Desde criança eu curtia moda, desfile …

Como surgiu a ideia de criar o prêmio Mirror Fashion Day?

Sempre fui ligada a moda mesmo. Então o meu evento tinha um formato de desfile de moda com shows. Em 2019 eu coloquei, dentro do meu evento, uma premiação da Ordem Juscelino Kubitschek, da qual faço parte. Mas não quis mais fazer a premiação porque era um formato mais antigo. E eu queria uma coisa dinâmica. Naquela edição também incluí outras coisas: uma exposição fotográfica muito legal e de obras de arte. Em 2020, com a pandemia, dei uma segurada.  Fiz num formato de live com poucas pessoas, 120 convidados, no Copacabana Palace, que pediu dois metros de distância entre as pessoas.  Com máscaras e  todo aquele protocolo da OMS. Agora, em 2022, minha amiga Irce Brito disse ‘Sabrina, por que você não faz uma premiação?’. E resolvi fazer o Melhores do Ano. Foi uma dica, uma luz que a Irce me deu. Ela será uma das homenageadas.

Como foi ver a boa aceitação de um projeto dessa magnitude num momento em  que o Rio estava carente de eventos?

Pensei nisso também sabe? Foi algo corajoso, pra te falar a verdade, porque eu não sabia no que ia dar… E pago o todos com antecedência, um contrato bem alto… Então acreditei em Deus, né? E fui na fé. Me arrisquei.Sempre fui muito corajosa. É uma característica minha. Fui morar sozinha com 17 anos porque eu tinha o sonho de seguir a carreira artística. E foi aí que eu comecei a fazer “Malhação”. Eu fiquei sozinha, sem minha família nem nada. Então a coragem sempre foi uma coisa minha. Meu tio que dizia: não sei se é coragem ou falta de juízo. Mas eu acho que é um pouquinho dos dois. E graças a Deus de tudo certo, porque as pessoas me vêem muito bem no mercado. Hoje em dia as pessoas conhecem o meu trabalho, tenho um network muito bom e meu trabalho é bem procurado. Deu tudo certo, mas foi arriscado sim.

Quais os desafios de produzir o evento e qual o maior atrativo para os parceiros que te ajudam a viabilizar a produção?

Todo ano aparecem novos desafios, pessoas novas, empresas novas. Não vou te dizer que eu tenho muitos patrocinadores nesse momento de crise que as pessoas estão voltando… Creio que o meu network é grande e, por isso, as pessoas querem estar no evento. Por causa da visibilidade que terão e a credibilidade que elas ganham. Um exemplo é o  ‘Melhores do Ano’. A credibilidade de estar dentro de um evento conhecido, que acontece desde 2014 e está no calendário do Rio, de estar dentro do Copacabana Palace. Enfim, estar divulgando a sua marca no meu evento e dentro do hotel. Acho que é por tudo isso.

O carioca criou uma cultura de moda? Como vê esse mercado atualmente, ainda mais com a  experiência da Mirror Models?

Eu acredito que o carioca não seja tão forte na moda. Não digo as empresas de moda do Rio de Janeiro. Mas acredito que São Paulo ainda seja a capital da moda no Brasil. Nossa cultura brasileira diverge, em estados diferentes. O carioca ele tem um estilo de vestir mais tradicional de praia, mais leve, a maquiagem, o looks são mais leves, por causa do calor. Verão o ano inteiro. Então carioca não tem aquele exagero de sofisticação, por exemplo, como as maquiagens pesadas e os vestidos longos e bordados que a gente vê em São Paulo e no Rio Grande do Sul e nos lugares mais frios, Santa Catarina, Paraná. Então, a cultura da moda do Rio ainda está carente. Porque, por exemplo,o meu evento é um evento moda luxo que é estilo do evento de luxo do Brasil.Porque, o que temos? A gente tem o Vest Rio, que mostra a moda de uma maneira mais simples. E tem o São Paulo Fashion Week que é feito  como outros eventos de semana de moda e de vários lugares diferentes pelo mundo. O São Paulo Fashion Week mostra muita moda, mas é em São Paulo e não é moda luxo porque não está dentro do Copacabana Palace e sim dentro  de um saguão de eventos entendeu? Há a sofisticação das roupas em si, mas não na produção de todo o entorno do evento, como pode acontecer em um Copacabana Palace.

Então ainda falta um caminho para a moda do Rio né?

Digamos que o Rio de Janeiro ainda precisa de mais força na moda em relação às agências do modelo do Rio. Elas estão sofrendo uma carência. No entanto eu fechei a minha porque não está tendo trabalho de moda. Com a minha agência de modelos eu percebi que o mercado de moda no Rio de Janeiro era carente. Faltava muito trabalho de 2017 em diante. Faltava muito trabalho pra todo mundo, porque as redes sociais se tornaram grandes e isso mudou o mercado de moda. As redes sociais transformaram qualquer pessoa sem estereótipo beleza em pessoas famosas e pessoas procuradas pela moda pra vender moda. Então nós não precisávamos mais de modelos lindos, maravilhosos e sim de uma política de inclusão social. Então, com essa política de inclusão social, acabaram os trabalhos para modelos no  Brasil e principalmente no Rio de Janeiro, que é um mercado voltado pra mídia. Onde a gente tem as televisões. Os maiores meios de comunicação estão no Rio de Janeiro. Então o pessoal começou a procurar muita blogueira, muita digital influencer… Buscar  modelos diretamente da internet. Não precisavam mais do intermédio de agência pra nada.As agências que ainda se mantém começaram a vender books, vender video book e começar a viver disso. O mercado ficou assim. O Brasil não investe em beleza, em pessoa, em ser humano, no mundo da moda.

E qual a opção hoje para os modelos?

As modelos que querem fazer sucesso precisam de uma agência boa. Elas ficam majoritariamente em São Paulo. E também correr atrás pra ir pra fora do país: Milão, Nova York, há algumas na China também. Porque, para ganhar dinheiro com moda, com passarela não é no Brasil, é fora do país. Alguns critérios acho muito importantes na personalidade, como ser uma pessoa correta… Eu achei que a minha agência já era demais, sabe? Porque eu não ia vender book, não ia vender videobook, não ia vender sonho para ninguém. Por isso, o livro que vou lançar: “Mídia Fábrica de Sonhos”.

Fale um pouco mais sobre o livro. Tem previsão para o lançamento?

O livro “Mídia Fábrica de Sonhos” não foi criado só por isso, foi criado por causa da minha carreira. Desde o início eu vi muita gente me vendendo sonho e vendendo promessa disso, promessa daquilo.  E quem quer entrar nesse meio acaba pagando, gastando muito, investindo em conversa, nas mentiras, enfim. É pra alertar os artistas.  Quando eu criei a minha agência, Mirror Models, não foi para vender sonhos pra ninguém. Então, quando  vi que não podia mais realizar aquilo tudo que era prometido, parei. Resolvi encerrar. Aí fui morar em Nova Iorque com a ideia de abrir a minha agência lá, mas acabei desistindo. E voltei o Brasil, isso em 2019. E o livro “Mídia Fábrica de Sonhos” vai sair esse ano, se Deus quiser. E vai audar muita gente que está aí. Não é “Verdade secretas “, não tem nada a ver com isso. Mas tem a ver com a ilusão que é criada em cima das pessoas do meio artístico. Uma venda, a venda de sonhos.

Quais as expectativas para o Mirror Fashion Day desse ano?

Sim, o evento é em formato de desfile de moda com shows. Começa com os ‘Melhores do Ano’.  As atrações fazem o diferencial, até mesmo no meio das homenagens. Teremos desfiles e shows, para ter um formato mais dinâmico e interativo. Estou trabalhando muito e muito ansiosa, né? Não é só expectativa … Sou uma pessoa muito pé no chão em relação ao meu trabalho.  Então estou sempre preocupada, mas eu sei que vai dar tudo certo e que vai ser um grande evento. Tenho certeza disso, mais um. E esse, com certeza, vai ser o melhor.

Porque escolheu o tema ‘Carnaval’ para este ano?

Ter o tema ‘Carnaval ‘ não significa que o meu evento vai estar todo com decoração de Carnaval. O tema está relacionado às músicas da Grande Rio, que vai estar presente no meu evento, assim como a corte do Carnaval e a musa Bombom. Escolhi esse tema porque as pessoas ficaram muito desesperadas sem o Carnaval, né? E quando você fala em Carnaval, fala em festa, em alegria, em reunião de pessoas. E é isso que eu queria pro meu evento. Por isso que escolhi esse tema: para esquecer um pouco a tristeza desses dois anos de apatia que a gente teve.

Fale sobre seu programa Moda.Com. Aí já entra também seu lado jornalista, certo? A mulher e profissional de hoje precisa ser múltipla?

Eu sou apresentadora e mudei o formato do “Moda.Com”, que era de entrevistas. Minha ideia desde o início era um formato com quadros. Agora tenho correspondentes, uma que está em São Paulo e vai ser uma das minhas homenageadas.  É uma digital influencer e vai cobrir vários lugares da Europa. Vou ter em Nova York, Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul…Então tenho correspondentes em vários lugares. Elas me trazem um conteúdo interessante do que for pautado e eu faço a bancada como apresentadora.  E  acho que sim, o profissional de hoje precisa ser múltiplo. Meu trabalho ele está todo vinculado à moda, eventos, enfim. Mas eu já fiz muita coisa. Para você conhecer bem o meio artístico e ser realmente bom você tem que passar por todas as áreas. Se eu trabalho com artistas, cantores, produtores e trabalho bem, é porque já fiz de tudo um pouco. Em todas essas áreas eu já atuei. Então isso faz com que o meu trabalho seja melhor e que eu consiga administrar tudo isso. Porque por mais que eu seja uma artista, uma jornalista acima de tudo eu sou uma empresária.

O programa inclusive foi criado por você…

Sim, sou criadora do meu próprio programa de TV, que passa na Soul TV, em 196 países e vai ao ar pela TV Max Rio de Janeiro, no canal 125 e no canal 25, da NET.Então, como profissional, sou uma empresária de um programa de TV e também sou uma profissional e empresária do ramo de eventos.E já tive agência de modelo também.Então, acima de tudo, eu costumo dizer que sou uma empresária do mundo fashion.

Sabrinna e o namorado João Luís Oriques “Eu o amo e quero construir família”

Como é a rotina de morar no RS e gravar aqui? Porque decidiu se mudar para o sul?

Morar no Rio Grande do Sul foi uma escolha que eu fiz durante a pandemia porque  quando aconteceu tudo aquilo esvaziarem as ruas e eu me assustei. Queria estar perto da minha mãe, então fomos eu e a minha filha para o Rio Grande do Sul e estamos morando La. Eu voltaria para o Rio de Janeiro em maio do ano passado. Mas não voltei porque eu conheci o meu namorado, o empresário João Luís Oriques. Ele é o motivo pelo qual me perdi no Rio Grande do Sul, após ter vivido 19 anos no Rio de Janeiro.  A gente se dá muito bem. Eu o amo e quero estar aqui perto dele, quero construir a minha família com ele. Não é fácil porque tenho que estar viajando, mas, com o formato novo do “Moda.Com”, consigo viajar menos e gravar aqui do Sul também. Então eu não preciso viajar tanto como no ano passado.

Fotos: Leo Diaz