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Rio de Janeiro / Polícia

Material apreendido na casa da delegada Adriana Belém

A delegada Adriana Belém foi presa na tarde de hoje (10), no Rio de Janeiro. Adriana foi um dos alvos da Operação Calígula, deflagrada nesta manhã pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). Foram apreendidos quase R$ 2 milhões na residência da delegada, segundo o MPRJ.

A prisão preventiva foi deferida pela Vara Especializada do Tribunal de Justiça. Em nota, o MPRJ diz que a delegada será levada para a Corregedoria da Polícia Civil.

A prisão foi obtida pela força-tarefa do GAECO para o caso Marielle e Anderson (GAECO/FTMA). Para os promotores de Justiça, o valor encontrado na residência de Belém é um forte indício de lavagem de dinheiro.

Outro preso durante a operação foi o delegado Marcos Cipriano, que foi levado para a Corregedoria da Polícia Civil. A defesa do delegado disse, por meio de nota, que a prisão é “desnecessária e afrontosa” .

A operação tem como objetivo o cumprimento de 29 mandados de prisão e 119 de busca e apreensão, incluindo quatro bingos comandados pelo grupo, tendo sido alvos de denúncia um total de 30 pessoas, pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

‘Acertos de corrupção’

A Operação Calígula é, de acordo com o MPRJ, voltada a reprimir as ações da organização criminosa liderada por Rogério Costa de Andrade Silva, conhecido como Rogério de Andrade, e seu filho Gustavo de Andrade, integrada por outras pessoas, incluindo Ronnie Lessa, denunciado como executor do homicídio da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes.

De acordo com o MPRJ, a quadrilha “estabeleceu acertos de corrupção estáveis com agentes públicos, principalmente ligados à segurança pública, incluindo tanto agentes da Polícia Civil, quanto da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro”.

“Nesta esfera, integrantes da quadrilha, membros da Polícia Civil, mantinham contatos permanentes com outros policiais corruptos, pactuando o pagamento de propinas em contrapartida ao favorecimento dos interesses do grupo de Rogério”, destacam os promotores.

“Oficiais da PM serviam de elo entre o grupo e batalhões de polícia, que recebiam valores mensais para permitir o livre funcionamento das casas de aposta do grupo.”

Foto: Agência Brasil