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Rio de Janeiro / Polícia

Operação da Polícia Civil, em conjunto com o Ministério Público (MP), resultou na prisão de cinco pessoas, incluindo a prisão do pai de um vereador, também alvo de busca e apreensão, nesta quarta-feira (3), no Rio de Janeiro. Batizada de Operação Resina, o objetivo era apurar desvio de cargas de caminhões.

Foram expedidos 28 mandados de busca e apreensão e sete de prisão. Foram cumpridos cinco mandados de prisão, sendo três de prisão preventiva e dois em flagrante decorrente dos desdobramentos da operação. Entre os presos, está Edson dos Santos Filho, pai do vereador William Coelho (DC).

De acordo com as investigações, os criminosos furtavam caminhões com materiais como aço, ferro e resina. Após o furto, se organizavam para distribuir a carga, por meio de receptação qualificada e corrupção ativa e passiva. No total, mais de R$ 1,160 milhão em materiais como aço, resina, telas de aço e tubos de dragagem de ferro foram furtados pelos criminosos. Até mesmo trilhos de metrô o grupo estava negociando.

Na denúncia encaminhada à 1ª Vara Criminal de Duque de Caxias, o MP destaca que os integrantes do grupo criminoso, composto por 21 pessoas denunciadas, associavam-se a funcionários de transportadoras, em geral motoristas de caminhões. Eles recebiam as mercadorias a serem transportadas e entregavam a carga aos demais integrantes do grupo criminoso.

Após os furtos, eram confeccionados falsos registros de ocorrência em delegacias distantes do local do suposto roubo. Para a confecção de alguns dos falsos registros, participaram dois policiais civis do estado de São Paulo, que tiveram afastamento determinado pela Justiça. Os dois foram denunciados por corrupção passiva.

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados aos empresários, proprietários de caminhões, motoristas e intermediários na capital, em Duque de Caxias, Piraí, Mesquita e Nova Iguaçu, além das cidades paulistas de Piracicaba, Ribeirão Pires, Guarulhos e São Paulo. Também houve mandados de busca e apreensão de 12 caminhões utilizados pela organização criminosa para os furtos das cargas.

O vereador William Coelho foi procurado, mas ninguém atendeu as ligações em seu gabinete, nem responderam a e-mail pedindo posicionamento sobre o fato. A Câmara Municipal do Rio informou, em nota, que colaborou e garantiu total acesso às dependências da Casa à Polícia Civil e ao Ministério Público. Os agentes foram apenas ao gabinete do vereador citado.

Foto: Agência Brasil