Desde 2014, o responsável pelo condomínio ilegal, localizado na estrada Roberto Burle Max, nº 5.911, vinha ignorando diversos embargos, advertências, notificações e multas, além de já ter sido conduzido e qualificado na 42º Delegacia Policial pelo cometimento de crimes ambientais, como desmatamento, terraplanagem, loteamento ilegal e furto d’água do Parque Estadual da Pedra Branca.
Em junho de 2018, a Prefeitura do Rio já havia realizado uma grande operação para demolição de toda a infraestrutura do mesmo loteamento. Na ocasião, foram desmobilizados o portão principal e a guarita, além de ter sido retirado o quadro de luz e o meio-fio. Apesar disso, o responsável continuou com a prática ilegal de exploração imobiliária de áreas públicas e privadas, contribuindo para o histórico de desmatamento de floresta em favorecimento do crescimento imobiliário desordenado na região.
O secretário municipal de Meio Ambiente, Nilton Caldeira, destacou que a Prefeitura está atenta aos casos de construções ilegais em áreas preservadas e vai continuar atuando fortemente para coibir a irregularidade.
“Temos mais um caso de um empreendimento ilegalizável: lotes com uma série de crimes ambientais dentro da Pedra Branca. Fica o alerta sobre a importância de consultar os órgãos competentes para saber o que ou se é permitido construir no local. No Rio, hoje, investir em áreas protegidas para fazer construções irregulares é um péssimo negócio. Esse é o nosso recado”, disse o secretário.
O coordenador de Defesa Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, José Maurício Padrone, destacou que devido à magnitude dos impactos ambientais realizados desde 2014 e ao descumprimento de todos os autos, não houve outra alternativa senão proceder com a demolição administrativa de toda a infraestrutura da área.
As ações da força-tarefa buscam conter o desmatamento de áreas ambientalmente protegidas e retirar dos grupos criminosos sua fonte de renda. A operação desta quinta-feira também contou com o apoio da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e da Polícia Militar Ambiental.
Foto: Prefeitura do Rio