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Edição da Semana

Entre as atividades que os amantes do esporte gostam de fazer aos domingos está acompanhar o futebol. No último dia 21, em Valencia, pelo Campeonato Espanhol, em uma partida entre o Valencia e Real Madrid no estádio dos catalães, o atacante do Real Madrid e da seleção brasileira, Vinicius Junior, foi vítima de ofensas racistas.
O “caso Vinicius Junior” não é só um caso. São vários, desde quando atuava no Flamengo, ainda no Brasil. Após inúmeros episódios como este, o jogador decidiu não se calar.
No início do segundo tempo, torcedores do Valencia atiraram uma bola no campo, atrapalhando uma jogada de ataque do Real Madrid. Com a partida paralisada, foi possível ouvir parte do estádio gritando em castelhano “mono”, que significa macaco em português.
O brasileiro reclamou com o árbitro e apontou para um torcedor em específico. A partida terminou 1 a 0 para o Valencia. Depois do jogo o atleta postou na sua conta no Twitter um texto reclamando da falta de ação da liga espanhola em punir episódios de racismo e afirmou que seguirá forte na luta contra o racismo.
No mundo do futebol, tanto dentro como fora dos gramados, questões relacionadas à discriminação racial ainda persistem. O Relatório Anual de Discriminação Racial no Futebol em 2021, feito pela Observatório de Discriminação Racial aponta que no Brasil, o número de casos de racismo tem crescido nos últimos anos. De 2016, com 48 casos, a 2019, com 158, os registros de discriminação no esporte brasileiro aumentaram ano após ano, tendo diminuição apenas em 2020, com 80 casos.