Escolher uma profissão não é uma tarefa fácil. Mas, quando isso, enfim, acontece, é preciso se dedicar muito à cadeira ocupada e mais: trabalhar com prazer para que tudo seja cumprido da melhor maneira possível. É o que, no momento, vive Valéria Gonçalves, uma ceramista que começou a produzir cerâmica, apenas, como um hobby e que, com o tempo, descobriu talento e acabou virando uma grande profissional da área.
Valéria é virginiana e igual a todos desse signo, traz, em sua formação, o amor pelo que faz. Por anos, essa atividade deu asas à sua imaginação, fato que colocou em jogo o seu poder de criatividade. A sua produção chamou tanto a atenção, que, logo, Valéria ganhou fãs apaixonados pelas suas peças, o que resultou, pouco a pouco, no crescimento de encomendas. Hoje, atua nesse ramo há quase uma década. Por sinal, feliz e bastante realizada.
Dificuldades enfrentadas nessa jornada. Explica que a cerâmica pede espaço, dedicação, tempo e paciência, e que o barro tem vida própria e às vezes, as intenções dele, não são as mesmas de quem o manipula. Além disso, inúmeros fatores interferem no processo: a temperatura ambiente, a qualidade da argila, o tipo de forno, à temperatura de queima mais apropriada, o cuidado na secagem da peça antes da queima; depois, o tipo e a qualidade do esmalte, a escolha da técnica da esmaltação, uma lista enorme de cuidados e detalhes e, muitas das vezes, o aparentemente mais insignificante, pode significar a diferença entre o fracasso e o sucesso de uma peça. “Para mim, a maior barreira foi encontrar o tempo certo para poder me dedicar a essa atividade extremamente prazerosa, mas também quase exclusivista”.