O prefeito do Rio, Eduardo Paes, e a secretária municipal de Assistência Social, Laura Carneiro, assinaram, nesta quinta-feira (2/12), no Palácio da Cidade, em Botafogo, os termos de colaboração com as organizações da sociedade civil que vão oferecer serviços de comunidade terapêutica para pessoas em situação de rua, usuárias de algum tipo de substância psicoativa. O objetivo é que elas sejam acolhidas para atendimento de saúde, com tratamento físico e psicológico, e possam depois ser reinseridas socialmente.
Serão oferecidas 225 vagas, que irão impactar diretamente 2.300 usuários que passarão pelas comunidades terapêuticas durante os seis meses de convênio. O edital de chamamento público para as comunidades terapêuticas foi lançado no fim de setembro. Quatorze instituições se candidataram e sete foram selecionadas.
“ Quando falamos das pessoas que fazem uso prejudicial de substâncias entorpecentes, levamos em conta um conjunto de fatores que levam as pessoas a viver um drama como esse, que geralmente está relacionado com a autoestima e a desesperança. As comunidades terapêuticas têm um papel fundamental na recuperação desses usuários, sei da seriedade do trabalho delas e da maneira como lidam com um tema tão delicado. Que bom que estamos assinando este convênio. Nós vamos avançar nesse trabalho – afirmou o prefeito Eduardo Paes, que assistiu a uma apresentação de canto dos corais Um Caminho Novo e Maranathá, formados por integrantes de comunidades terapêuticas.
De acordo com o Censo de População em Situação de Rua 2020, entre as 7.272 pessoas mapeadas na cidade, mais de 50% – ou 3.960 pessoas – admitiram fazer uso de pelo menos um tipo de droga. Dessas, responderam sim para tabaco 2.520 pessoas (63,3%); para álcool 2.137 (54%); para maconha/haxixe 1.442 (36,4%); para crack/similares 797 (20,1%), para cocaína 1.169 (29,5%) e para inalantes/cola/solvente/tiner 368 (9,3%). E a maior parte delas (31,9%) encontrava-se no Centro do Rio.
Foto: Beth Santos/Prefeitura do Rio