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arte & cultura


A Biblioteca Nacional foi fundada em 1810, antes mesmo do Brasil se tornar independente de Portugal. Ela reúne o maior acervo de itens da América Latina, incluindo-a em um seleto grupo das 10 maiores bibliotecas do mundo, de acordo com a UNESCO. E uma notícia importante é a negociação da instituição com o Google para digitalizar um acervo com 50 mil livros raros.

A ideia é disponibilizar os títulos na plataforma Google Livros, que já tem, por exemplo, convênios parecidos com estatais pelo mundo, como a Biblioteca Britânica e a Biblioteca Pública de Nova York. De acordo com informações da revista Veja, o martelo ainda não está batido. Há divergências entre as partes sobre a quantidade de obras do acordo. O que se sabe é que a Biblioteca Nacional só digitaliza obras que já se encontram em domínio público. Atualmente, a entidade tem em formato digital mais de 2 milhões de itens abertos para consulta do público, entre documentos históricos e livros.

O acervo inicial chegou ao Brasil em 1808, com a vinda de Dom João VI de Portugal e sua corte. Desembarcaram no Rio de Janeiro, trazendo junto com eles cerca de 60 mil peças, entre livros, manuscritos, mapas, estampas, moedas e medalhas. Em 1810, foi criada, por meio de um decreto, a Fundação Real da Biblioteca que passou a acomodar o acervo.

Os primeiros dirigentes da Fundação, na época, foram o Frei Gregório José Viegas e o padre Joaquim Dâmaso. Logo em seguida, a Fundação Real da Biblioteca foi aberta aos estudiosos. O processo de ampliação e crescimento foi acontecendo de forma rápida e abrangente. A biblioteca começou a receber variadas coleções de livros, manuscritos, desenhos originais, entre outras relíquias de outros países.

A Biblioteca Imperial e Pública não parava de crescer, sempre recebendo novas obras, melhorando suas instalações e contratando novos funcionários. O nome foi alterado definitivamente em 1876, para Biblioteca Nacional, o que permanece até hoje.

Em 1990, a biblioteca passou a ser uma fundação de direito público, vinculada ao Ministério da Cultura (atual Ministério da Cidadania). Ela coordena em todo Brasil, o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas, o Programa Nacional de Incentivo à Leitura (PROLER), o Plano Nacional de Obras Raras (PLANOR) e o Plano Nacional de Microfilmagem de Periódicos Brasileiros (PLANO).

O prédio histórico da sede da Biblioteca Nacional é localizada no Rio de Janeiro (RJ) e surpreende a todos pela sua estrutura e arquitetura, pelas salas monumentais e pelas obras de arte presentes.

Preciosidades

  • Pergaminho datado do século XI com manuscritos em grego sobre os quatro Evangelhos, o exemplar mais antigo da Biblioteca Nacional e da América Latina.
  • A primeira edição de “Os Lusíadas”, de 1572.
  • A Bíblia de Mogúncia, de 1462, primeira obra impressa a conter informações como data, lugar de impressão e os nomes dos impressores, os alemães Johann Fust e Peter Schoffer, ex-sócios de Gutemberg.
  • A crônica de Nuremberg, de 1493, considerado o livro mais ilustrado do século XV, com mapas xilogravados tidos como os mais antigos em livro impresso.
  • Bíblia Poliglota de Antuérpia, de 1569, Obra monumental do mais renomado impressor do século XVI: Cristóvão Plantin.
  • A primeira edição da “Arte da gramática da língua portuguesa”, escrita pelo Padre José de Anchieta em 1595.
  • O primeiro jornal impresso do mundo, datado de 1601.

Fotos Reprodução