A despedida ao presidente de honra da Portela, Hildemar Diniz, o Monarco foi cercada de homenagens e muita emoção. O mundo do samba compareceu em peso à quadra da Portela, onde foi velado o corpo do baluarte da azul e branca de Madureira, que morreu no sábado, 11 de dezembro, aos 88 anos. Seu corpo foi sepultado às 15h30 do domingo, ao som do hino da agremiação. Estavam presentes à cerimônia, no Cemitério de Inhaúma, Zona Norte do Rio, integrantes de várias escolas de samba do Rio.
Mangueira e Viradouro prestaram condolências com flores na despedida. O prefeito Eduardo Paes, Paulinho da Viola, Marisa Monte e Diogo Nogueira estiveram presentes na cerimônia.
“Nosso papel hoje para manter vivo o legado dele, é continuar cantando as canções desse homem imenso que sempre valorizou os jovens compositores do samba. A memória dele continua viva através de suas canções e sua elegância. Ele era a própria Portela”, declarou Diogo Nogueira.
O presidente da Portela, Luis Carlos Magalhães, falou sobre a importância do baluarte. “Ele era um guardião da história do samba e da Portela. Sempre muito próximo do Paulo (da Portela), ele cultivava esse essência que o Paulo plantou aqui. Ele tinha a sala dele aqui na quadra, onde recebia a todos e podia falar sobre o que mais conhecia, que era o samba e a Portela. Com certeza, vamos manter viva essa memóriae tudo que ele nos deixou. Daqui pra frente, não vão faltar homenagens”, garantiu
Monarco estava internado desde novembro passado no Hospital Federal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro, para fazer uma cirurgia no intestino. Entretanto, ele não resistiu a complicações do procedimento. O compositor deixa esposa, filho, netos e uma legião de fãs e admiradores.
Segundo informou a direção da Portela, os versos cantados por Dona Ivone Lara na despedida de Silas de Oliveira na canção “Adeus de um poeta” exprimem a dor deste momento: “bem cabem ao sentimento que o mundo do samba sente agora. Por nós tu não terias ido agora/ É doloroso/ Todo o samba chora (…)/ É triste mas foi mais um bamba/ Que o mundo do samba Perdeu!”.
Na sexta-feira (10), Monarco foi homenageado durante a inauguração da Sala de Troféus da Portela, que leva seu nome. Sua última apresentação em público foi na quadra da escola, onde participou da edição de outubro da Feijoada da Família Portelense.
Foto: Agência Brasil