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Rio de Janeiro / Negócios

Apaixonada pelas letras, a jornalista e escritor Isa Colli já publicou quase 40 títulos infantis e diz que é preciso democratizar a literatura para formar os pequenos leitores

Por Claudia Mastrange

A jornalista e escritora Isa Colli, que mora atualmente na Bélgica, retomou suas visitas aos estados brasileiros, depois de dois anos de pandemia. Ela cumpre agenda em escolas de vários municípios do país que adotam os livros paradidáticos da Editora Colli Books. Já passou por cidades do Espírito Santo, Goiás, Rio de Janeiro e agora está no Distrito Federal.

Segundo a escritora, novos títulos estão a caminho e serão lançados em breve, alguns em eventos como o Flipoços – Festival Literário Internacional de Poços de Caldas, que acontecerá entre 27 de abril e 1º de maio no formato virtual.

Desde o lançamento do primeiro livro, em 2011, Isa Colli já publicou quase 40 títulos infantis, um romance e um livro de poesias. A autora antecipa, em primeira mão, que já trabalha no lançamento do título “Vivene e Florine no fundo do mar”, ainda neste semestre. A obra faz parte da coleção das abelhinhas empreendedoras que estão sempre em busca de proteger a natureza.

Nesse bate-papo com a Mais Rio de Janeiro, Isa conta de seus projetos, fala sobre a importância da leitura para Educação e como a literatura brasileira é vista no exterior.

Qual a importância da leitura para a formação das crianças pequenos cidadãos?

A leitura é fundamental na formação dos cidadãos porque ajuda a desenvolver a criatividade, aumenta o vocabulário, promove o conhecimento, desperta a curiosidade das crianças em relação aos assuntos que movem o mundo. A literatura é um caminho para que a garotada consiga se enxergar como parte da sociedade e como agentes transformadores. E mais, uma criança leitora se torna mais atenta a valores como solidariedade, cooperação e respeito.

Como é ver seus livros sendo usados como material paradidático nas escolas?

Dá um orgulho danado ver meus livros adotados em colégios de todo país e até pelo mundo afora. Eu faço questão de manter contato próximo com as escolas que adotam nosso material pedagógico, sempre que possível visito as turmas e participo dos projetos feitos com os livros. É emocionante perceber a transformação que as histórias promovem na vida dos alunos.

Como é a aceitação da literatura brasileira no exterior?

Olha, a literatura brasileira está sendo muito bem aceita no exterior. Muitos autores novos talentosos estão fazendo sucesso.

Os meus livros têm cativado muitos leitores, tanto os títulos em português, que ajudam os brasileiros que vivem no exterior a manter contato com a língua de origem, como os meus títulos traduzidos para outros idiomas, como francês e inglês, que também têm conquistado o público estrangeiro. E isso me deixa muito feliz.

Acha que o país está evoluindo no quesito formação e leitores? Qual o caminho?

Acho que o país está evoluindo bastante na formação de leitores ao incentivar a participação das escolas nas feiras literárias e bienais; valorizando a adoção dos livros paradidáticos e incentivando as famílias a despertar nos pequenos o gosto pela leitura, ainda mais nesta sociedade tão impregnada pelos apelos tecnológicos, como games e celulares.

Estamos no caminho certo. Acho que, para ficar melhor ainda, temos que avançar nas políticas públicas que garantam o acesso das crianças carentes aos projetos literários. Ou seja, democratizar a literatura. Só assim poderemos ter um país de leitores.

Você lançou mais de 40 títulos infantis, Qual o segredo para tantos temas, que despertem o interesse da criançada?

O segredo é escrever com o coração, estar sempre perto das crianças para perceber os assuntos que elas mais gostam e ter sensibilidade para saber traduzir os temas do dia a dia em uma linguagem lúdica e divertida.

Qual a expectativa para a Flipoços?

Estou muito ansiosa com a participação da editora Colli Books no Flipoços. Teremos três mesas de debates, uma presencial e duas virtuais. Vou lançar meu livro “Tulipa Glória e sua amiga Vitória” no dia da abertura, 27 de abril, às 16h, na mesa que vai ter como tema ‘Literatura infantil – como lidar com temas difíceis’

O título conta a história de amizade entre uma sementinha e uma menina que está em tratamento contra a leucemia. É uma fábula que fala de amor, solidariedade e superação de uma doença tão dolorosa, que é o câncer. Espero cativar o público mineiro.

Quais os próximos projetos para 2022?

Quanto aos novos projetos, estou preparando o lançamento do livro “Vivene e Florine no fundo do mar”, que faz parte de uma coleção que conta as aventuras de duas abelhinhas ambientalistas. No dia 3 de maio, participo de uma feira com colégios do Mato Grosso. E no dia 26 de maio, o compromisso é na 8ª Bienal Rubem Braga, em Cachoeiro de Itapemirim. É o maior evento literário do Espírito Santo. Tenho mais alguns convites para participar de feiras literárias, que estou tentando conciliar na agenda. Depois de dois anos de pandemia, 2022 promete ser agitado. (risos)

Fotos: Alle Vidal /Divulgação