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Rio de Janeiro / Cotidiano

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, sancionou no sábado (04/09) a lei que estabelece o tombamento do Mercado Popular da Rocinha. A iniciativa, uma reivindicação antiga de quem atua no local, garantiu que a área seja reconhecida por seu relevante interesse social e cultural, passando a ser considerada Patrimônio Imaterial da cidade. A medida também dá mais segurança econômica aos trabalhadores que ocupam cerca de 200 boxes instalados há décadas na entrada da comunidade.

A assinatura ocorreu na quadra da Acadêmicos da Rocinha, diante de dezenas de trabalhadores. O prefeito sugeriu que no local ocorra uma reestruturação, com a possibilidade de concessão de alvará para os donos dos boxes.

“Esse modelo desenvolvido aqui, na Rocinha, é ideal, especialmente neste momento de crise, em que é preciso ter a cidade organizada, mas tem o trabalhador passando dificuldade, precisando levar o sustento para casa. Tem como compatibilizar o sofrimento das pessoas com a organização da cidade, e o mercado popular é um exemplo disso”, disse o Paes, acompanhado por seu novo secretário de Habitação, Claudio Caiado.

Prefeito Eduardo Paes sancionou a lei: “o Mercado Popular da Rocinha é um exemplo”

O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação, Chicão Bulhões, participou do evento e ressaltou a importância de investimento na economia da cidade. E se comprometeu com a continuidade de levar melhorias ao local.

“ O mercado popular é fundamental para gerar negócios e manter a renda dos trabalhadores. Temos o desafio de retomar a atividade econômica, e isso está sendo possível com a aceleração da vacinação na cidade”, afirmou Bulhões.

Os donos dos boxes comemoraram o tombamento. Um dos coordenadores do Mercado Popular da Rocinha, Mozart Gonçalves, falou sobre o alívio que o gesto representou para todos trabalhadores do local.

“ É muito importante o tombamento do mercado. isso significa estabilidade e garante ao trabalhador gerar sua renda com dignidade para sustentar a família. E o mercado tem ainda suas tradições, uma origem nordestina, que deve ser preservada”, frisou Gonçalves.

Fotos: Reprodução e Prefeitura do Rio