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Rio de Janeiro / Cotidiano

Um oásis verde em plena Cidade Maravilhosa. Assim é o Parque Natural Municipal da Catacumba, belo exemplar entre tantos espaços deslumbrantes, surpreendentes e repletos de história do Rio. Construído em uma área reflorestada, na década de 1970,  onde antes havia uma favela, é hoje uma unidade de conservação ambiental às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas. A entrada fica na altura do número 3000 da Avenida Epitácio Pessoa.

São quase 27 hectares, com uma grande diversidade de árvores, plantas e flores. Caminhos pavimentados e pequenas praças com chão de pedra tornam o lugar perfeito para caminhadas e piqueniques, atualmente proibidos por conta da pandemia.

Já na parte alta, a mata mais densa toma conta do lugar. Uma trilha de 30 minutos e cerca de 600 metros leva aos mirantes Sacopã e Pedra do Urubu. Lá de cima, se vê toda a extensão da Lagoa, Jardim Botânico, Corcovado e a Pedra da Gávea.

Solo sagrado para os indígenas

Não faltam histórias a respeito da região. Conta a lenda que era nessa encosta que os índios enterravam os mortos, antes da chegada dos portugueses ao Brasil. Por tudo isso, no início do século XX, o local já era conhecido como Chácara da Catacumba e  pertencia à Baronesa da Lagoa Rodrigo de Freitas. Ela teria deixado em testamento suas terras para seus ex-escravos, que passaram a ocupá-lo após sua morte.

Os primeiros casebres surgiram na década de 30. As construções  se ampliaram, em 1942, com a chegada dos migrantes nordestinos, o que transformou o local em uma grande comunidade. Em 1964, o presidente Carlos Lacerda iniciou um processo de desmanche das favelas, removendo seus habitantes para localidades, como Vila Kennedy e Cidade de Deus.

Em 1970, na gestão de Negrão Lima, a favela foi removida e a área batizada de “Parque Carlos Lacerda”, em homenagem ao seu antecessor. A inauguração, em 1979, pelo prefeito Marcos tamoyo, do então chamado Parque da Catacumba propiciou a criação de um parque permanente de esculturas ao ar livre. Hoje são 32 obras de artistas consagrados e restauradas em 2020 pelo projeto Revitaliza Rio.

No início dos anos 80, já com a denominação de Parque Carlos Lacerda, ganhou popularidade  por conta dos shows de música instrumental que atraiam milhares de pessoas nas tardes de domingo.

Muito lazer, espécies exóticas e animais silvestres

A partir de 1988 foi iniciado um programa de reflorestamento, tendo como objetivo inicial a contenção de encostas. Em toda área, é possível encontrar algumas espécies exóticas provenientes da Ásia ou introduzidas pelos antigos moradores do local. Já na fauna local, destaque para diversos pássaros, sagüis e outras espécies.

Com a recente revitalização do espaço, a criançada ganhou parque infantil novinho em uma área de lazer de 55m², próxima ao portão principal de entrada – o tombado Portão Guinle, também restaurado. Foi instalada ainda uma Academia da Terceira Idade (ATI), com equipamentos passam a complementar as atividades já oferecidas a esse público no Pavilhão Victor Brecheret.

Com tantos atrativos, vale muito visitar esse santuário verde no coração do Rio.

Fotos: Reprodução

 


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