A Prefeitura do Rio, por meio das secretarias de Educação e de Saúde, lançou nesta quinta-feira (10/02), na Escola Municipal Rodrigo Mello Franco Andrade, no Andaraí, a estratégia de busca ativa de crianças não vacinadas contra a Covid-19. O plano terá dois tipos de ação, um voltado para o ambiente escolar, o Programa Vacina na Escola, e outro que usa os agentes comunitários de saúde (ACS) para irem até as residências. A proposta é conscientizar os pais sobre a importância da imunização e levar a vacina até as crianças de 5 a 11 anos, para que ninguém fique desprotegido.
“Quero fazer um apelo aos pais e mães cariocas para vacinarem seus filhos, esse é um ato de amor. Essa vacina é segura, não acreditem em besteiras que falam por aí, vamos proteger nossos filhos. O que as secretarias de Saúde e de Educação estão fazendo é facilitar a vida dos pais que trabalham e têm dificuldade de levar as crianças para se vacinar “,afirmou o prefeito Eduardo Paes.
O município do Rio tem 1.307 escolas públicas com alunos na faixa etária entre 5 e 11 anos, com 347 mil crianças matriculadas. A partir desta quinta-feira, todos os alunos levarão para casa um folheto informativo sobre a vacina contra a Covid-19 e um formulário para ser preenchido. Para aqueles que ainda não tiverem tomado a vacina contra a Covid-19, os responsáveis poderão assinar um termo autorizando a aplicação no ambiente escolar, em uma data que será previamente informada. Até o momento, em toda a cidade, apenas cerca de 50% das crianças na faixa etária foram imunizadas contra a doença.
No dia marcado, a aplicação da vacina será feita no fim do turno de aulas: pela manhã, entre 11h e 12h30, e à tarde, entre 15h30 e 17h. Quando os responsáveis forem buscar as crianças na escola, aquelas com a autorização já sairão vacinadas. Os que quiserem acompanhar a vacinação de seu filho pessoalmente podem chegar no horário previsto e terão acesso ao local onde estará ocorrendo a ação. A previsão é que em 45 dias todas as escolas recebam as equipes de saúde para a imunização dos alunos. Todo o trabalho será acompanhado pela coordenação do Programa Saúde na Escola (PSE).
“A ideia desse programa é muito simples. Se a família não puder ir até a vacina por qualquer motivo, a vacina vem até a escola. Isso simplifica o processo e faz com que as nossas crianças possam ter a oportunidade de se vacinar, sempre com a autorização do responsável. Acreditamos muito nesta parceria família-escola para que a educação funcione muito bem. Vacinar as crianças permite mais abraços e mais segurança para as nossas escolas”, disse o secretário de Educação, Renan Ferreirinha.
Em reuniões online com a equipe da Coordenação de Imunizações da Superintendência de Vigilância em Saúde, os diretores das escolas e os coordenadores das Coordenações Regionais de Educação (CREs) têm recebido informações sobre a ação e sobre a segurança e eficácia das vacinas. A ideia é que esses profissionais possam, em contato com os responsáveis pelos alunos, orientá-los sobre a importância e segurança da imunização e sobre como a ação será realizada em cada escola, facilitando assim a adesão e sua autorização.
“Nossa expectativa é vacinar 200 mil crianças com essa programação. Esperamos que a busca ativa comece a dar resultado nas próximas semanas. Pedimos aos pais para não esperarem a busca ativa, que eles levem seus filhos o mais breve possível para se vacinar. As vacinas para Covid-19 são extremamente seguras, eficazes e protegem contra internação e o agravamento da doença. Se conseguirmos vacinar 80% das crianças, a possibilidade de ter uma internação por Covid-19, em quem tem de 5 a 11 anos, cai a praticamente zero”, explicou o secretário de Saúde, Daniel Soranz.
Em paralelo ao Programa Vacina na Escola, a Secretaria Municipal de Saúde fará o cruzamento dos cadastros da Estratégia Saúde da Família com os dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), para identificar as crianças que não tenham registro da vacina da Covid-19 ou mesmo que estejam com outros imunizantes do calendário vacinal em atraso. A partir daí, os agentes comunitários de saúde entrarão em campo nos territórios para ir às casas dessas crianças. Elas poderão ser vacinadas no próprio domicílio, na presença do responsável que estiver no local, ou serem orientadas a comparecer na unidade de Atenção Primária de referência para atualizar suas cadernetas de vacinação.
Foto: Alexandre Macieira/Prefeitura do Rio