Ainda é alto o número de atendimentos no Rio, nas redes de urgência e emergência de Saúde, de pessoas com sintomas de síndrome gripal e de síndrome respiratória aguda grave. Já o número de internações de idosos por complicações da Covid-19 tem apresentado reduções consideráveis, mas o prefeito acha que ainda não é hora de flexibilizar mais as medidas de proteção à vida. Foi o que alertou o prefeito Eduardo Paes, durante a divulgação do 22º Boletim Epidemiológico, nesta sexta-feira (04/06), no Centro de Operações Rio (COR).
“A gente já adotou medidas flexíveis, o decreto permanece valendo até o dia 14 de junho, mas confesso que a nossa expectativa era que esse dado (número de internações) tivesse caído mais. Apesar de os números serem melhores, há ainda atendimento grande nas redes de urgência e emergência de pessoas que mais na frente podem contrair o quadro grave da doença. Começa o período de inverno, as pessoas têm mais sintomas de gripe e procuram as nossas redes”, disse Paes.
Em maio, a faixa etária de 60 a 69 anos representou 18,12% do total de hospitalizações, bem abaixo do mês anterior, quando chegou a ser 26,38%. Na faixa etária dos 70 aos 79, o percentual no total de internações caiu de 17,93% para 11,32% entre abril e maio.
De 80 anos para cima, a redução já vem sendo observada desde março. O Rio tem mais de 1,8 milhão de idosos vacinados com pelo menos a primeira dose (D1), uma cobertura que se aproxima de 100% desse grupo populacional. Acima dos 70 anos, a cobertura da segunda dose (D2) já supera 90%.
“Estamos entrando numa fase muito mais fácil de vacinar, que são as pessoas sem comorbidades e as mais jovens. Essa semana foi muito positiva, conseguimos fechar o grupo de pessoas com 59 e 58 anos. A tendência é que a vacinação se acelere cada vez mais conforme a idade vá baixando “, afirmou o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.
De acordo com o 22º Boletim Epidemiológico, desde março do ano passado o município do Rio soma 330.941 casos de Covid-19, com 26.667 óbitos. Somente em 2021 são 126.232 casos e 8.108 mortes. A taxa de letalidade deste ano está em 6,4%, e a de mortalidade, em 121,7 a cada 100 mil habitantes. A incidência da doença é de 1.895,0/100 mil.
Profissionais da Educação são prioridade
Eduardo Paes destacou ainda o ajuste feito no calendário para avançar na vacinação dos profissionais de educação. Pela nova proposta, até o dia 16 de junho todos terão recebido, pelo menos, a primeira dose da vacina.
“Desde o início, temos dito que a vacinação desses profissionais é uma absoluta prioridade. Se a educação não estiver funcionando, os impactos da pandemia são muito mais sérios. É uma alegria muito grande dizer que, nas duas próximas semanas, todos os profissionais de educação das redes pública e privada já vão ter recebido a primeira dose. Isso é importante para a gente voltar à normalidade nas escolas”.
Até a última quinta-feira (03/06), 2.229.119 de pessoas tinham tomado a primeira dose (D1) da vacina contra a Covid-19 no Rio, representando 42% da população carioca elegível para a vacinação (a partir de 18 anos). Desse total, 965.330 completaram o esquema vacinal, recebendo também a segunda dose do imunizante. A meta da SMS é vacinar 90% da população carioca adulta até outubro, número estimado em 5.279.803 pessoas.
Quem já tomou a D1 deve ficar atento ao prazo de retorno para tomar a D2 da vacina, pois somente com o esquema vacinal completo, de duas doses, é possível garantir a eficácia da imunização. Essa data é anotada a lápis no comprovante de vacinação da D1. Se estiver com D2 em atraso, a pessoa deve retornar ao local de vacinação onde tomou a D1, o quanto antes, para completar a proteção contra a Covid-19.
Foto: Prefeitura do Rio