O Rio de Janeiro trabalha para autorizar a antecipação da segunda dose da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 para todos os municípios. A informação é do presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Rio (Cosems-RJ), Rodrigo Oliveira, secretário de Saúde de Niterói.
Atualmente o intervalo entre as duas injeções previsto no estado é de 12 semanas. Com a nova resolução, o estado passaria a permitir que a segunda dose seja ministrada a partir de 8 semanas após a primeira. A ideia foi debatida na última reunião do Cosems, no dia 7.
Mesmo com a possível negativa do Ministério da Saúde, a intenção do Cosems é publicar nos próximos dias uma deliberação conjunta bipartite (ou seja, assinada por estado e municípios) no Diário Oficial do estado. O texto não vai impor, e sim permitir que as cidades adotem o novo cronograma, caso queiram.
O assunto está em discussão em todo o Brasil, diante da disseminação da variante Delta do coronavírus. A mudança depende, contudo, de fatores como a ampliação no número de doses a serem entregues e a liberação dos órgãos de Saúde. O Distrito Federal e o Acre determinaram uma redução nos mesmos termos. Municípios de outros estados, como Pernambuco, Santa Catarina e Espírito Santo, também aderiram à tendência.
Já o Estado de São Paulo descartou a possibilidade, com o argumento de que um maior intervalo entre as duas doses confere maior imunidade contra a doença. Quanto à capital do Rio, o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, disse na última sexta-feira (9) que essa discussão não é cabível “enquanto não tivermos toda a população vacinada com a primeira”.